Estudante
Esta é uma obra em que a autora busca alguma definição apropriada para o conceito de cidade, que defina com exatidão e abrangência, todos os aspectos de cidade e suas características, e não só uma definição superficial para esta grandiosa obra fabricada pelo homem e suas idéias. Em seu relato, a autora desvenda os objetivos da formação das cidades desde o surgimento dos primeiros agrupamentos humanos, compreendendo cidade como uma construção sobre a natureza com o intuito de fixar o homem e garantir seu domínio sobre um determinado território.
Segundo a autora, a cidade é criada devido ao processo de sedentarizarão, onde os homens se fixam em determinado local para plantar e garantem assim o domínio total do território.
Desde sua origem a cidade passa por uma série de experiências (religiosas, territoriais, históricas) e estas são muitas vezes implantadas através da arte e da arquitetura como uma forma de lembrança, como templos, muralhas, monumentos, dentre outros. No decorrer dos anos o estilo de vida e o estilo da própria cidade muda conforme necessidade da população, porém mantém ainda sua história. Por este motivo a cidade é também um registro uma escrita, materialização de sua própria história.
Uma perspectiva da autora para definição da cidade seria a de um imã, um campo magnético que atrai, reúne e concentra os homens.
Outra perspectiva da autora bastante peculiar de definir cidade, é sua visão um tanto quanto “artística” de enxergar esse “fenômeno capaz de se fazer sentir no corpo de quem dele se aproxima”, uma forma de escrita, já que para ela , na história os dois fenômenos - cidade e escrita - ocorrem quase simultaneamente, impulsionados pela necessidade de memorização, medida e gestão do trabalho coletivo; e na cidade é através da escrita que se registra a acumulação de riquezas e conhecimentos. Assim como a arquitetura, que é continente e registro da vida social. É como se a cidade fosse um alfabeto com o qual se