Estudante
O objetivo deste estudo foi investigar se existe diferença entre a atitude de estudantes de psicologia e estudantes de medicina frente à temática “internação compulsória dos usuários de crack”. Utilizou-se uma amostra de 100 individuos de ambos os sexos, sendo 50 estudantes de psicologia e 50 estudantes de medicina. Foi elaborada uma escala com afirmativas referentes a aspectos cognitivos, afetivos e comportamentais. Foi calculado o Teste Z ao nível de significância de 0,05 para testar a diferença entre os grupos. Houve diferença significativa, sendo que o grupo de estudantes de psicologia se mostrou menos favorável ao tema, porém mais variado em suas respostas e o grupo de medicina se mostrou mais favorável.
1. Introdução
De acordo com disposto no art. 6˚ da lei n˚ 10.216 da Constituição federal:
A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos.
Parágrafo único: São considerados os seguintes tipos de internação psiquiátrica:
I - internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário;
II - internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro; e
III - internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.
As políticas públicas recentemente adotadas em nosso município vêm sistematicamente descumprindo o que está descrito na lei quando aplica as internações em larga escala sem analisar individualmente cada caso. Supomos que esse descumprimento tem se dado atualmente pela proximidade dos grandes eventos a serem realizados no Brasil até o ano de 2016.
A escolha do presente tema baseou-se na crescente divulgação midiática e no crescente debate entre as instituições, sejam elas escolares ou médicas, que demonstram a emergência de um assunto complicado que envolve saúde, segurança e educação públicas.
A escolha dos cursos de graduação, psicologia e medicina, foi em função dos discursos antagônicos notados pelos