Estrutura histológica do esmalte e da dentina
O esmalte é o tecido mais mineralizado do corpo e o mais resistente, sendo que aproximadamente 96% dele é composto de minerais e, o restante, é composto de água e conteúdo orgânico. Única estrutura mineralizada que tem origem epitelial, é acelular, avascular, anervado. Ao contrário da dentina , ele não contém colágeno em sua composição. Formado em camadas pelos ameloblastos centrifugamente, sendo o prisma do esmalte sua unidade básica. Essa é composta pelos cristais de hidroxiapatita (forma cristalizada do fosfato de cálcio), os quais têm diferentes orientações, sendo que na cabeça estão dispostos longitudinalmente e, na cauda, perpendicularmente ao eixo maior do prisma. É formado, inicialmente, a primeira camada de esmalte que é aprismática e, após isso, quando os ameloblastos desenvolvem o processo de Tomes, mudam a direção do movimento e iniciam a formação do esmalte prismático. Além disso, histologicamente, o esmalte possui as estruturas chamadas de fusos, tufos, lamelas, rachaduras, estriações transversais, estrias de Retzius, etc. O limite dele e da dentina, constitui o chamado limite amelodentinário.
A dentina, por sua vez, é um tecido conjuntivo mineralizado, constituída basicamente de 60% de matriz inorgânica (cristais de hidroxiapatita, fosfatos, carbonatos, ferro, zinco), 25 % de matriz orgânica (colágeno, glicoproteínas, proteoglicanas, glicosaminoglicanas) e 15% de água. É avascular, acelular. A matriz orgânica é secretada pelos odontoblastos centripetamente, células que estão na periferia da polpa dental, junto á dentina. Há os prolongamentos desses odontoblastos, que estão na dentina e se estendem à medida que a dentina vai se tornando mais espessa, ocupando os chamados túbulos dentinários. Quanto mais perto da polpa, maior a quantidade e o diâmetro dos túbulos, que se dispõe em forma de leque até a junção amelodentinária. Além dos prolongamentos, nos túbulos dentinários há a presença de terminações