Estratégias são planos para o futuro e também modelos do passado. As estratégias podem ser planejadas e pretendidas, como também podem ser adotadas e realizadas (ou não). O modelo e ação é o que chamamos de estratégia realizada. No processo de formulação de estratégia uma ideia leva a outra até que um novo padrão se forme. A ação conduziu o pensamento, uma estratégia surgiu. As estratégias podem formar-se e também ser formadas. Uma estratégia realizada pode surgir em resposta a uma situação que evolui, ou pode ser criada deliberadamente, por meio de um processo de formulação seguido por implementação. A estratégia puramente deliberada impede o aprendizado uma vez que a estratégia é formulada, a estratégia emergente promove o aprendizado. As pessoas executam ações uma a uma e respondem a elas, de maneira que os padrões acabam sendo formados. Na pratica, evidentemente toda elaboração de estratégia tem dois caminhos: um deliberado, outro emergente. Assim como a elaboração de estratégia puramente deliberada impede o aprendizado, a elaboração de estratégia puramente emergente impede o controle. Estas estratégias passam a ser organizacionais quando passam a ser coletivas ou quando proliferam para guiar o comportamento da organização como um todo. Administrar estratégia é criar pensamento e ação, controle e aprendizado, estabilidade e mudança. O ambiente não muda em bases regulares ou ordenadas, e raramente passa por mudanças drásticas, apesar alegações sobre nossa “era da descontinuidade”. Os gerentes que estão pensando em mudanças radicais precisam manter a teoria súbita em mente. Alguns novos padrões devem ser mantidos em observação até a que a organização esteja pronta para uma revolução estratégica, ou pelo menos para um período de divergência. Os gerentes obcecados por mudança ou por estabilidade podem vir prejudicar suas organizações. Embora estratégia seja uma palavra habitualmente associada ao futuro, sua ligação como o passado não é menos importante.