Estoicismo,epicurismo ente outros
Os cínicos foram muito importantes para o desenvolvimento da “filosofia estóica” que surgiu em Atenas cerca do ano 300 a.C.. O seu fundador, “Zenão”, era oriundo de Chipre, mas juntou-se aos cínicos de Atenas após um naufrágio. Reunia os seus ouvintes num pórtico. "Estóico" vem do termo grego que designa pórtico (stoa). O estoicismo iria adquirir posteriormente uma grande importância para a cultura romana. Tal como Heráclito, os estóicos achavam que todos os homens participavam da mesma razão universal - ou do mesmo “logos”. Para eles, cada homem era um mundo em miniatura, um "microcosmos" que refletia o "macrocosmos". Esta teoria levou à convicção de um direito universalmente válido, o direito natural. O direito natural baseia-se na razão intemporal do homem e do universo, por isso não se altera no tempo e no espaço. Neste aspecto, os estóicos tomavam o partido de Sócrates contra os sofistas. O direito natural é válido para todos os homens, inclusivamente para os escravos. As leis dos diversos Estados eram para os estóicos cópias imperfeitas de um direito que se baseava na própria natureza. Assim como os estóicos aboliam a diferença entre o indivíduo e o universo, também contestavam uma oposição entre "espírito" e "matéria".
Segundo eles, há apenas uma natureza. Esta concepção é denominada “monismo” (ao contrário, por exemplo, do claro dualismo de Platão, a bipolarização da realidade). Como verdadeiros filhos do seu tempo, os estóicos eram cosmopolitas. Estavam, portanto, mais abertos à cultura contemporânea do que os "filósofos do tonel" (os cínicos).
Os estóicos sublinharam que todos os processos naturais - por exemplo, a vida e a morte - seguiam as leis constantes da natureza. Por isso, o homem tem de se reconciliar com o seu destino. Segundo eles, nada acontece por acaso. Tudo acontece por necessidade, e de pouco serve lamentarmo-nos quando o destino nos bate à