Estocagem de Petróleo
O Brasil ainda não possui local seguro para estocar combustíveis fluídos
A produção e o consumo de combustíveis líquidos e gasosos exigem medidas estratégicas de armazenamento de petróleo cru, gás e álcool, seja para garantir o controle das variações do mercado, seja por se tratar de um problema de segurança nacional. A estocagem de petróleo e de gás é necessária, uma vez que as reservas desses bens da natureza são mal distribuídas na crosta e não são renováveis. Além disso, sua produção é ditada pela geologia, e seu consumo é de relação geográfica e, por vezes, sazonal, fazendo com que seja necessário realizar estoques de segurança.
O problema de estocagem do petróleo cru e gás é antigo, e a solução é geológica, pois é possível usar espaços naturais ou artificiais, conforme tem sido feito nos Estados Unidos desde 1915. Os locais utilizados para estocagem podem ser jazidas petrolíferas exauridas, aquíferos confinados e delimitados por camadas selantes, ou em cavernas naturais e artificiais. Nestas, a estocagem é feita em minas exauridas ou abandonadas; em cavernas abertas em camadas salinas; ou em maciços rochosos preparados para armazenamento de gás natural, gás liquefeito de petróleo GLP ou petróleo cru.
No Brasil há algumas décadas a Petrobras pesquisa locais adequados para fazer estocagem de gás GLP e natural, tendo se interessado recentemente em guardar petróleo e gás também. Agora que entrou no sistema de produção do etanol, a grande empresa vai ter de regular a estocagem, para compensar a oferta independente da safra da cana, cuja solução viável, em caverna, será pioneira. Contudo, a Petrobras tem enfrentado problemas de execução de caverna minada. Em 1992, a sociedade organizada da cidade de São Sebastião - SP, em sucessivas audiências públicas, ainda que não estivesse coberta de razão ambiental, rejeitou um projeto exequível da Petrobras de fazer a abertura de uma caverna em rocha gnáissica, junto ao