estilos de ensino
DR. PAULO EVALDO FENSTERSEIFER
Professor do Departamento de Pedagogia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do
Rio Grande do Sul (Unijuí).
E-mail: fenster@unijui.edu.br
RESUMO
Este texto problematiza a relação entre epistemologia e prática pedagógica, evidenciando a interdependência que se estabelece entre as noções que os profissionais da educação possuem em relação ao caráter do conhecimento que veiculam e suas expectativas no plano das práticas pedagógicas. Sustentamos que uma relação crítica com essa produção permite potencializar os sujeitos envolvidos nas situações de ensino, afirmação que tem desdobramentos significativos para o âmbito da educação física, uma vez que permite redimensionar a histórica relação teoria-prática nesta área.
PALAVRAS-CHAVE: Epistemologia; prática pedagógica; educação física.
Rev. Bras. Cienc. Esporte, Campinas, v. 30, n. 3, p. 203-214, maio 2009
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Somente se nós mesmos percebermos como nosso saber e nossa cultura são formados, esse saber ou essa cultura poderá nos formar
(KUNZ, 2001, p. 19).
Ao desenvolver esta temática percebi o quanto ela se vincula a minha experiência pedagógica com o componente curricular que desenvolvo em um curso de graduação em educação física, denominado epistemologia da educação física. As questões que levanto no primeiro dia de aula podem dar uma ideia desta proximidade. São elas:
• O que traz vocês para a universidade?
• Só aqui tem conhecimentos?
• Que tipos de conhecimentos existem?
• Quais vocês acreditam que predomina na universidade? Por quê?
• Desde quando existe o saber científico?
• Ele é mais verdadeiro que os demais?
• Como estabelecemos o que denominamos verdadeiro?
• Como entra a educação nesta história?
• E a educação física? Por que na universidade?
• Como se produzem seus conhecimentos?
• Como entra a epistemologia nesta história?
O propósito destas