Estação Carandiru
O sistema carcerário onde deveria ser o "Reeducando para a sociedade", está ali apenas para cumprir o papel de encarcerar.
Uma sociedade na qual imperava a auto-tutela, a "lei do mais forte"; era constituída por deliquentes, toxicômanos, homicidas, latrocidas,traficantes, estelionatários etc. cuja formação psiquica, religiosa, ou profissional foi por eles mesmos negligênciada sob aval indidereto ou direto de suas próprias famílias e do poder público.
Composta por filhos abandonados, ladrões de joalheria, traficantes, etc. Todos vivendo voluntariamente do crime.
O tráfico interno de drogas dá-se a partir do tráfico externo, elevando o traficante ao posto de nobreza, uma verdadeira “majestade”, com o poder de tirar a vida ou conservá-la , de acordo com seu desejo “real”.
Muitas vezes de modo desastrado, outras sarcástico e cruel, manipula a vontade alheia, condicionada ao vício em narcóticos, para “limpar a própria barra”, como no episódio em que o surfista viciado em crack, Ezequiel, é coagido a assumir a culpa pela morte de Zico em troca de porção diária de crack .
Nos presídios do Brasil, tais criminosos são apenas visitantes, pois a existência de um sistema jurídico mal resolvido, assim o permite: condena-se a uma pena desproporcional aquele que mata para se defender (Deusdete), mas absolve-se aquele que mata dezenas ou até mesmo centenas de pessoas; que é caso do próprio Coronel Ubiratan, responsável pelo massacre do Carandiru no qual morreram 111 presos. (Interessante notar que o número de campanha para sua reeleição ao cargo de deputado estadual era 14111 ou seja, 111 foi o saldo de presos mortos quando da invasão ao presídio.
O presídio Carandiru abre espaço para muitas discussões de cunho sociológico, jurídico, político entre outros.
Mal administrado