Resumo - Estação Carandiru
O presídio possui normas que devem ser cumpridas por força da segurança e da lei, e outras criadas pelos próprios presos – e que devem ser religiosamente cumpridas. Tanto é que qualquer transgressão é punida, umas com espancamento, outras com morte. O que faz dos moradores juízes que aplicam lei há muito estabelecidas.
A cadeia é dividida em 9 pavilhões, por exemplo, aqueles que cometem estupro são encaminhados para o pavilhão cinco, os reincidentes, no oito, os primários, nove, e assim por diante, mas sempre obedecendo as regras de vida e morta. Existe, também, a masmorra, que é um setor especial situado no térreo do pavilhão quatro, onde o morador fica sem banho de sol, trancado o tempo todo, vivendo com ratos e baratas. Este lugar é designado para aqueles que perderam a possibilidade de conviver com os companheiros em outros pavilhões.
A rotina da Casa é rígida, as cinco horas da manhã os carcereiros fazem a contagem em cada cela para ver se alguém não fugiu ou morreu. Em seguida é servido o café da manhã, nas próprias celas, depois os presos são liberados para o banho e sol e outras atividades. Às dezessete horas são todos recolhidos, e às dezenove e trinta são fechados na cela.
Aos sábados ou domingos acontecem as visitas das famílias, por este motivo ao meio dia de sexta feira, começam os preparativos para deixar o ambiente apresentável, isto é, nada de fotos de mulheres nuas, nada de bagunça exposta e claro, o banheiro bem limpo. Os familiares podem levar cigarros, o