estatística do desarmamento
Segundo estudo de Bruno Leageani e Marcelo Baird em seus 10 anos o estatuto do desarmamento por um lado, é uma grande conquista e trouxe resultados concretos logo no início de sua entrada em vigor. O ano de 2004 registrou a primeira queda no índice de homicídios do país após mais de uma década de crescimento ininterrupto. Mas, por outro lado, a lei em grande medida não saiu do papel e está colocando em xeque todos os avanços obtidos na área. A efetividade dessa medida já foi comprovada por diversos estudos. De acordo com pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em média, a cada ponto percentual a mais no número de armas de fogo em uma cidade, a taxa de homicídios chega a aumentar dois pontos percentuais. Ao contrário do que afirma a indústria, as armas utilizadas nos crimes são majoritariamente brasileiras (78%) e de calibres acessíveis a civis, conforme estudo recém-lançado pelo Instituto Sou da Paz. Outro dado da mesma pesquisa mostra o quanto ainda sofremos com as legislações permissivas de outrora, já que 64% das armas apreendidas em São Paulo em 2011 e 2012 foram fabricadas antes do estatuto. Recente pesquisa do Datafolha sobre o posicionamento ideológico da população revelou que 69% dos brasileiros acreditam que a posse de armas deve ser proibida, pois ameaça a vida de outras pessoas. Obviamente sabemos que, para termos um país seguro, é preciso uma abordagem integral e sistêmica do problema da segurança, que envolve conhecimento aprofundado do problema, investimento em ações de prevenção e melhoria do nosso aparato repressivo.
Mas é fato que, num país em que 70% dos homicídios continuam sendo cometidos com armas de fogo, uma efetiva política pública de controle de armas é peça fundamental na engrenagem da segurança pública brasileira. Aproveitemos a data para darmos o passo definitivo para uma real política de controle de armas no país.
Dentro deste estudo podemos analisar o seguinte gráfico, o qual representa o