Estatinas
A hiperlipidemia (hipercolesterolemia) é uma das grandes causas de aterosclerose e doenças associadas, como a coronariopatia, doença vascular cerebral isquêmica e doença vascular periférica. Juntamente com os baixos níveis de colesterol de HDL[1], é a principal causa de aumento do risco de aterosclerose, além de muitos fatores como distúrbios genéticos, estilo de vida sedentário, alto consumo de gorduras e colesterol. Na hipercolesterolemia genética, o indivíduo possui defeito no receptor de LDL; este não pode ser captado e se acumula no sangue, a síntese endógena de colesterol continua, já que o colesterol extracelular não consegue entrar na célula para regular a síntese. A aterosclerose é uma doença caracterizada pela obstrução vascular por placas ateroscleróticas, formadas por colesterol em excesso no organismo que acabam se associando a outros fatores como proteínas fibrosas, plaquetas, restos celulares e calcificações. A oclusão das artérias coronárias pode causar falência cardíaca, e na maioria dos casos, levar à morte. De todas as doenças associadas à aterosclerose, a cardiopatia é a que têm maior incidência de óbitos. Os principais fatores de risco para cardiopatias é elevação no colesterol de LDL, redução de colesterol de HDL, tabagismo, hipertensão, diabetes melito tipo 2, idade avançada e histórico familiar da doença. O controle do estilo de vida possui efeito positivo na redução do risco de doença aterosclerótica. Quando os níveis de colesterol estão abaixo de 160mg/dL, o risco para a doença é altamente atenuado, mesmo na presença de outros fatores de risco, o que leva à hipótese de que o colesterol em grande quantidade é essencial para desenvolvimento da aterosclerose.
ESTATINAS
Função
Além do controle dos fatores de risco e mudanças em hábitos prejudiciais, desenvolveu-se uma terapia farmacológica especializada no controle dos níveis de colesterol: a utilização de estatinas, mais eficientes e tolerados nesse