INTRODUÇÃO: As estatinas são inibidores da síntese de colesterol, impedindo de maneira competitiva a enzima HMG-CoA redutase. Além disso, aumentam a captação da lipoproteína em circulação, contribuindo para prevenção das doenças cardiovasculares. Diante da eficácia comprovada na prevenção de cardiopatias, o governo brasileiro oferece gratuitamente o tratamento com estatinas, gastando em 2009, cerca de 92 milhões com este tratamento. Porém, elas apresentam várias formas de toxicidade musculares: miopatia, mialgia, miositose e rabdomiólise. A miopatia, pode afetar cerca de 1 a 5% dos pacientes e a rabdomiólise, evento mais grave, causa 0,15 mortes por 1.000.000 de prescrições. OBJETIVO: demonstrar a relação entre o tratamento com as estatinas e quadros de rabdomiólise. METODOLOGIA: O presente estudo foi baseado na leitura de artigos originais e de revisão indexados no MedLine e Scielo. As palavras chaves utilizadas foram “estatinas” e “rabdomiólise”. RESULTADO: Várias hipóteses foram propostas para explicar os mecanismos causadores da rabdomiólise. A diminuição da ubiquinona, isoprenóide que oxida nutrientes e produz ATP, gera apoptose, além disso a mudança na permeabilidade da membrana, bloqueia os canais de cloro impedindo a hiperpolarização celular e consequentemente o relaxamento muscular. Pode ainda, ocorrer alterações da permeabilidade da membrana mitocondrial levando ao vazamento de cálcio desta organela, interferindo na liberação deste íon pelo retículo sarcoplasmático. Com um excesso de cálcio no citosol, ocorre a ativação do ciclo das caspases. Todas essas situações que causam a rabdomiólise contribuem para aumento de mioglobina que interefe na taxa de filtração glomerular levando a uma insuficiência renal aguda. CONCLUSÃO: Apesar da excelência do tratamento com estatinas, deve-se atentar para quadros fatais de rabdomiólise. Um importante meio diagnóstico é a dosagem de CPK, já que níveis elevados desta, indicam lesões musculares, assim, quando o nível