Estampagem apresentação

GESTÃO AMBIENTAL

Os (des) caminhos do meio ambiente

Quem se envolve com a ecologia diz sobre a relação entre homem e natureza, sociedades que vivem em harmonia, como por exemplo, os indígenas. Para muitos ecologistas esse modelo de relação é utópico. Nesse conceito a natureza criada pelo homem não é natural, é uma invenção que já faz parte de nossa cultura. Sempre usamos expressões no dia a dia com relação à natureza, como por exemplo: indivíduo mal educado (cavalo), assim como piranha, veado, burro, etc. Todos deteriorando a imagem da natureza, ou seja, nossa cultura se opõe a forma natural. Mas se o homem também é natureza, por que nos colocamos superiores aos outros animais? A separação homem – natureza é uma característica de pensamento do mundo ocidental cuja matriz filosófica se encontra na Grécia e Roam clássicas. É com Platão e Aristóteles que se começa certo desprezo “pelas pedras e plantas” e a um privilegiamento do homem. Mas foi com a influência judaica - cristã que a oposição homem – natureza adquiriu maior dimensão. Antes a natureza era um Deus, agora os cristãos vão afirmar que “Deus criou o homem sua imagem e semelhança”. E até hoje esse conceito ainda vinga, como exemplo nossas universidades que são estruturadas com base na oposição homem x natureza, de um lado as ciências da natureza, do outro as ciências humanas. O homem, dispondo do domínio de método científico poderá ter acesso aos mistérios da natureza e, assim tornar-se possuidor desta. Como exemplo os jovens universitários desejando dominar o método cientifico que lhes dará a realidade das coisas. A revolução industrial foi o coroamento do processo civilizatório que almejava dominar a natureza e para isso sufocou os que ele se opunha. Fica evidenciada na constatação que historicamente a dominação da natureza tem sido a história da dominação do homem pelo homem e isso, evidentemente, não tem nenhuma justificativa na natureza. A partir do século XVIII com Adam Smith, natureza e