Estagnação da pecuária bovina de Pernambuco
JOSÉ MAURÍCIO PEREIRA; MÁRCIO MICELI SOUSA;
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO
RECIFE - PE - CARIBE carpera@unicap.br APRESENTAÇÃO COM PRESENÇA DE DEBATEDOR
COMERCIALIZAÇÃO, MERCADOS E PREÇOS AGRÍCOLAS
ESTAGNAÇÃO DA PECUÁRIA BOVINA NO AGRESTE DE PERNAMBUCO
Grupo de Pesquisa: Agricultura Familiar
RESUMO
Sob a influência da expansão do capitalismo na agricultura, na década de 1970, foram implementadas no Agreste de Pernambuco ações que resultaram no processo de expansão do efetivo bovino, e conseqüentemente, no crescimento das áreas cultivadas com pastagens e redução das lavouras destinadas à produção de alimentos básicos. O processo foi viabilizado por investimentos governamentais, favorecendo a média e a grande propriedade e promovendo a concentração fundiária. O trabalho tem por objetivo identificar como as políticas agrícolas repercutiram na pecuária praticada por pequenos produtores, sobretudo a partir dos anos 1980. Foram consultadas publicações do CONDEPE, do IBGE, associadas à leitura de diversos autores e artigos científicos ligados à questão da modernização e da globalização e também sobre a pecuária praticada entre os produtores familiares. Foi elaborado um questionário que foi aplicado na microrregião do Médio Capibaribe, com produtores familiares, líderes e dirigentes sindicais, nos municípios de Bom Jardim e João
Alfredo. Realizaram-se também entrevistas informais com técnicos da Sociedade Nordestina dos Criadores. O estudo procura mostrar que a produção familiar agrestina, além de enfrentar as estiagens periódicas, encontra-se marginalizada pela não utilização de técnicas modernas na pecuária e desprovida de acesso aos recursos produtivos e do apoio governamental. No período assistiu-se ao esvaziamento dos serviços direcionados à pequena produção, particularmente a assistência técnica. As condições oferecidas pelo Estado a estes pequenos criadores evoluíram mais