Estados Gerais
Na base do terceiro estado encontrava-se toda a classe trabalhadora francesa. Proletários, aprendizes, pequenos artesãos, e os camponeses livres e semi-livres. Desta maneira, notamos que dentro do terceiro estado existia uma heterogenia de classes que, algumas vezes, chegavam a ter interesses completamente antagônicos. Além de formar um estado misto, somente os integrantes do terceiro estado arcavam com as taxas e impostos que sustentavam a monarquia francesa.
Por volta de 1789, com a França em meio a uma crise econômica, a burguesia intensificou seus ataques ao governo de Luís XVI. Temendo uma revolta do povo, o rei nomeou primeiro Turgot e depois Necker como ministros das Finanças. Ambos elaboraram planos econômicos, mas não conseguiram resolver os problemas do país. O rei resolveu então convocar os Estados Gerais, assembleia formada por representantes dos três estados, em que se reuniriam para discutir e decidir os assuntos de interesse nacional. Mas isso só serviu para o aumento das tensões, pois ficaram claros os diferentes interesses dos grupos. Enquanto a nobreza e o clero se preocupavam com a expansão dos seus privilégios, os burgueses e camponeses lutavam pela extinção desses.
Na contagem dos representantes de cada estado, o primeiro estado contava com 291 membros, o segundo com 270 e o terceiro estado dispunha de 578 membros votantes. Apesar da maioria absoluta do terceiro estado, a forma de voto dos Estados Gerais impedia a hegemonia dos interesses do terceiro estado. Conforme previsto, os