Estado, Governo e Mercado
O Estado do Bem-estar, também conhecido como Welfare State, é um Estado assistencial que garante padrões mínimos de educação, saúde, habitação, renda e seguridade social a todos os cidadãos, ou seja, serviços assistenciais de caráter público e reconhecidos como direitos sociais.
A distinção entre o Estado do Bem-estar e outros tipos de Estado assistencial está no fato dos serviços prestados serem considerados direitos dos cidadãos e não apenas ser um Estado com intervenção estatal na economia e nas condições sociais com o objetivo de melhorar os padrões de qualidade de vida da população.
O Brasil nunca chegou a estruturar um Estado de Bem-estar semelhante aos dos países de Primeiro Mundo. O Estado brasileiro durante a primeira república era apenas formalmente um Estado libral-democrático, sendo de fato um Estado oligárquico, em que os resultados do sufrágio universal masculino eram manipulados pela elite que, dessa forma, se perpetuava no poder.
O grau de intervenção estatal na economia nacional teve início na Era Vargas (1930-1945) e chegou ao auge durante o período da ditadura militar (1964-1985). Paradoxalmente, os mais beneficiados com os gastos públicos em infraestrutura nas áreas de telecomunicações, energia elétrica, autoestradas etc. e construção de grandes empresas públicas foram, justamente, os empresários brasileiros e estrangeiros.
Durante a construção do Estado desenvolvimentista durante o governo Vargas no Brasil, além da regulação do mercado e da promoção do bem – estar por meio de políticas públicas de educação, saúde, previdência, habitação, o Estado também teve o papel de promotor da industrialização do país. Neste período ainda ocorre uma importante ruptura política, onde a Revolução de 30 pôs fim ao estado oligárquico e ao sistema de organização institucional sobre o qual ele baseava, cabendo ao novo estado construir em um só tempo as novas bases de desenvolvimento econômico e