Estado, Governo e Mercado
O Estado ao transferir a sua responsabilidade de mediador coletivo dos sistemas de serviços de saúde, para prestadores de serviços privados através da Lei da Demanda e Oferta, está dificultando consideravelmente o acesso da sociedade aos serviços de saúde, pois esses serviços são de inteira responsabilidade estatal, o poder de controle econômico fica restrito nas mãos de poucos. Um claro modelo disso são os E.U.A que usam grande fatia de seu PIB em saúde e no entanto a maioria da população tem que pagar planos privados, isso se deve ao fato dos usuários não serem tratados de forma equivalente, ou seja, somente tem direitos ao serviços os pobres e idosos.
Também há alguns anos atrás, não havia praticamente controle sobre a venda de antibióticos e medicamentos controlados, isso teve grandes consequências no campo da saúde, visto que, o uso indiscriminado de antibióticos aumentou consideravelmente a resistência de alguns microorganismos e além disso, aumentou também a dependência química de pessoas com relação aos medicamentos controlados. A atual política de regulação estatal feita pela ANVISA, prevê punições mais rígidas aos estabelecimentos que contrariarem as regras. No campo da medicina o Estado criou projetos para regiões precárias em saúde, com oferecimentos de bolsas salário e outros benefícios para médicos recém formados que atuem nesses locais.
Por outro lado, um fator negativo é a falta da auditoria dos sistemas de serviços de saúde, entendida como a avaliação da qualidade da atenção à saúde, e inclui a auditoria clínica e a organizacional. Fato esse que se faz muito necessário, frente a precariedade de alguns sistemas. Um exemplo recente é o caso das