estacas franki
1. Considerações Iniciais
Qualquer tipo de construção requer uma infraestrutura de apoio, denominada fundação. As fundações são definidas como elementos estruturais cuja finalidade é suportar e transmitir as cargas da estrutura ao solo. Dessa forma, enquanto as fundações devem ter resistência adequada para suportar as tensões provenientes dos esforços solicitantes, o solo necessita de resistência e rigidez apropriadas para não sofrer ruptura e não apresentar deformações exageradas ou diferenciais.
Em função da capacidade resistente do solo, adotam-se fundações rasas (aquelas que se apoiam sobre o solo, a uma pequena profundidade em relação ao solo circundante, caracterizando-se pela transmissão da carga ao solo através de pressões distribuídas sob sua base) ou profundas (aquelas cujas bases estão implantadas a mais de duas vezes sua menor dimensão, e pelo menos a três metros de profundidade).
Assim, analisa-se a possibilidade de utilizar os vários tipos de fundação, em ordem crescente de complexidade e custos. Fundações bem projetadas correspondem de 3% a
10% do custo total do edifício; porém, se forem mal concebidas e mal projetadas, podem atingir 5 a 10 vezes o custo da fundação mais apropriada para o caso.
A estaca tipo Franki trata-se de uma fundação profunda, que foi introduzida há mais de 85 anos por Edgard Frankignoul, na Bélgica. Ele desenvolveu a idéia de cravar um tubo no terreno pelo impacto de golpes do pilão de queda livre numa bucha
(tampão) de concreto seco ou seixo rolado compactado, colocado dentro da extremidade inferior do tubo. Sua idéia teve sucesso e esse método de execução espalhou-se pelo mundo, mostrando eficiência e produzindo uma estaca de elevada carga de trabalho.
Frankignoul constituiu uma empresa para explorar as patentes, registradas entre 1909 e
1925.
Este tipo de estaca foi entregue pela primeira vez no Brasil em 1935, na casa
Publicadora Baptista no Rio de Janeiro. Em São