essência da cultura
RESUMO
As palavras ‘’cultura’’ e ‘’civilização’’, segundo a famosa definição de Edward Tylor, em 1871, designam a totalidade complexa que compreende os conhecimentos, as crenças, as artes, as leis, a moral, os costumes e todo e qualquer outro hábito, ou capacidade, adquirido pelo homem enquanto membro da sociedade; a cultura é a bússola de qualquer sociedade, sem a qual os seus membros não saberiam nem de onde vinham nem como se deviam comportar. O aparecimento do conceito de cultura como sinónimo de educação e de formação do espírito foi com efeito contemporâneo, na segunda metade do Século XVIII, de dois fenómenos importantes: a emergência do indivíduo como sujeito autónomo e o advento da nação como sujeito coletivo. As sociedades humanas são sociedades de cultura. Nisto, distinguem-se das organizações animais.
A cultura constitui o fundamento da vida social, ela desempenha no talhar das identidades coletivas uma função social. Sabemos que todos os seres humanos têm cultura, e que a cultura não é inata das pessoas, mas é adquirida na convivência em grupo. E o lugar ideal para a aquisição, desenvolvimento e conscientização da importância da cultura, ainda é a escola. Nela, professores e alunos trocam experiências, vivências em singular idades. Convivem diariamente com as diferenças e praticam a “inclusão cultural”. Diante do exposto, percebe-se a necessidade de investimento nas escolas, direccionado ao desenvolvimento artístico e cultural, no que diz respeito a profissionais da área artística, e a material de apoio específico ao desenvolvimento da cultura.
Nos finais do séc. XIX e princípios de séc.XX, começaram a surgir dúvidas entre os antropólogos quanto ao postulado do progresso contínuo e da evolução unilinear da cultura. Os antropólogos iniciaram o seu trabalho dirigindo a sua atenção, fundamentalmente, para as ‘’culturas menores’’ das sociedades pequenas ou «primitivas». Só gradualmente se aventuraram a tentar incluir, igualmente, as