Esquistossomose mansonica

Schistossoma mansoni produz uma espécie de infecção que se tornou conhecida entre os brasileiros como “xistose”,“ doença do caramujo” ou “barriga d água”. O agente etiológico é um verme platelminto, da classe trematódeos, família dos esquistomídeos, digenéticos (provido de duas ventosas) e sexuado. (DE CARLI, 2007). Essa infecção é caracterizada pelo aumento do volume do fígado e do baço. (REY, 2002). O hospedeiro elimina nas fezes o ovo, quando os ovos maduros atingem a água doce em condições adequadas ocorre a eclosão e liberam uma forma larvária denominada de miracídio, que nadam a procura do hospedeiro intermediário, o caramujo, apenas aqueles do gênero Biomphalaria. No seu interior, o miracídeo sofre reprodução assexuada, originando cerca de 200 esporocistos que vão produzir novas larvas chamadas cercaria. Fora do hospedeiro, o miracídio não sobrevive além de um dia.
Após 4 a 6 semanas,essas larvas saem do caramujo, na forma de cercarias que ficam livres nas águas em potencial estado infectivo, e, portanto, capaz de realizar novas infecções parasitárias no hospedeiro definitivo, o homem. As cercarias penetram através da pele ou mucosas, entram na corrente sanguínea, passam pelo coração, atingem o pulmão e posteriormente chega ao sistema porta intra-hepático, desenvolvendo-se até chegar à fase de vermes adultos de ambos os sexos.

A transmissão se dá através do contato e consumo de água contaminada pelo caramujo e pelo contato com fezes de pessoas contaminadas. A maioria das pessoas pode permanecer assintomática dependendo da intensidade da infecção e pode apresentar uma infinidade de sintomas. (KOVALICZN, 2001). Na fase aguda, apresenta mal-estar, febre, dor de cabeça, perda do apetite, suor intenso, tosse, diarréia com ou sem dor abdominal. Na fase crônica, há dor abdominal, dificuldade de digestão, náuseas, aumento do baço (esplenomegalia) e aumento do fígado (hepatomegalia) e o doente fica com a barriga inchada, daí a denominação de barriga d'água