Esquistossomose Mansônica
Intrudução/ Epidemiologia. Doença parasitária crônica que apresenta um tropismo pelas radículas venosas das veias mesentéricas, particularmente a mesentérica inferior, explicando uma maior deposição de ovos nas partes distais do intestino grosso, e na região retossigmoidiana. O Brasil é o principal reservatório da América do sul, com ênfase no Nordeste e no estado de Minas Gerais. O número de brasileiros infectados pelo S. mansoni foi estimado entre 6 e 7 milhões. A doença é encontrada em 19 estados brasileiros, com maior endemicidade observada em Alagoas, Pernambuco, Sergipe, Bahia e Minas gerais (em mais de 20% de suas localidades, prevalência para o S.mansoni acima de 25%).
Ciclo evolutivo.
A infecção na pele começa com a penetração na pele por cercarias, que determina um prurido local com irritação da pele. Pode ocorrer dermatite cercariana (micropápulas eritematosas e pruriginosas.)
Imagem: Dermatite cercariana.
Uma vez no tecido subcutâneo do organismo, transformasse no seu próximo estágio: O esquistossômulo.
Em 2-4 dias os esquistossmulos iniciam sua imigração através dos vasos venosos ou linfáticos, alcançando os pulmões e, finalmente, o parênquima hepático.Os vermes sexualmente amadurecidos, acasalam e descem para locais anatômicos específicos no interior do sistem venoso mesentérico: as veias intestinais
- Cada fêmea produz, em média, 300 ovos por dia.
-Os ovos cruzam a parede venosa, deslocando-se pelos tecidos do hospedeiro até alcançarem a luz do trato intestinal, sendo eliminados com as fezes.
- Aprox. 50% dos ovos são retidos nos tecidos do hospedeiro no intestino, ocorrendo reação granulomatosa local, com edema de mucosa e pequenas hemorragias.
- As hemorragias são responsáveis pelo quadro de diarréia mucossanguinolenta que ocorre nas fases iniciais da infecção.
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- No fígado, os antígenos liberados pelo miracídio estimulam a formação de uma reação inflamatória granulomatosa, com posterior