Esquecimento
ESQUECIMENTO
POR QUE ÀS VEZES NOS ESQUECEMOS DAS COISAS? Por que as memorias, uma vez formadas, não permanecem para sempre no cérebro? Parte da resposta tem que ver com a biologia da memoria, e outra parte está relacionada as experiências que temos antes e depois da aprendizagem.
A BIOLOGIA DO ESQUECIMENTO
COMO A DETERIORAÇÃO DO CÉREBRO AJUDA A EXPLICAR A OCORRÊNCIA DE ESQUECIMENTO? A informação armazenada na MLP também pode ser perdida quando o processo de consolidação é interrompido. Lesões na cabeça frequentemente resultam em amnésia retrograda condições na qual as pessoas não conseguem se lembrar do que lhes aconteceu pouco antes de sofrer a lesão. Em tais casos, o esquecimento pode acontecer pelo fato de as memorias não estarem totalmente consolidadas no cérebro. O problema é análogo a algo que todo computador já apresentou: um breve momento de interrupção no fornecimento de energia elétrica resulta na perda de informações que ainda não haviam sido salvas no disco rígido. Em um instante, a informação está diante de você e é prontamente acessível; no instante seguinte, ela se perdeu. A perda severa da memória remonta invariavelmente a lesões cerebrais provocadas por acidentes, cirurgias, má alimentação ou doenças. Por exemplo: o alcoolismo crônico pode levar a um tipo de amnésia chamado de síndrome de Korsakoff, provocada por uma deficiência vitamínica decorrente da má alimentação, em geral de pessoas que consomem álcool abusivamente (Baddekey, 1987). Outros estudos mostram a importância do hipocampo para a formação da memória de longo prazo. Pesquisas realizadas com pessoas idosas que têm problemas para se lembrar de novas informações, por exemplo, mostram que seu hipocampo é menor que o normal. Exames cerebrais também revelam a existência de hipocampo reduzido nas pessoas que sofrem do mal de Alzheimer, distúrbio neurológico que causa severa perda de memoria. O mal de Alzheimer pode estar relacionado também a níveis baixos de