Esportes radicais
O mundo e a época em que vivemos caracterizam-se por grandes transformações, dentre as quais a globalização, que não é apenas econômica (produtos e serviços), mas também cultural (ideias, valores, comportamentos). Tudo isso pode influenciar os conceitos e as relações que as pessoas mantêm com o corpo. O advento dos esportes radicais, como mais um elemento que se agrega à Cultura de Movimento contemporânea, é bastante significativo nesse processo, pois leva ao extremo a experiência corporal do risco, da liberdade e da aventura, indo na “contramão” do sedentarismo e da virtualização dos corpos promovidos pela televisão e pela internet.
Porém nem todas as atividades que provocam essa sensação de liberdade e aventura são vistas como radicais. Vários nomes podem ser atribuídos a esse desejo humano de superar as adversidades do ambiente, seja na água, na terra ou no ar, nas praias no verão ou em montanhas cobertas de neve durante o inverno, ou enfrentando as demandas ambientais que surgiram com a urbanização das cidades.
Atividades de aventura na natureza podem designar algumas vivências, como seguir trilhas ou fazer escaladas; e jogos extremos ou esportes radicais (os chamados extreme games ou X games) podem abranger outros elementos culturais, como fazer manobras em bicicletas, skates e patins. Algumas manifestações podem ser relacionadas sob diferentes nomenclaturas e classificações, como surfar nas regiões litorâneas, criar percursos diferenciados nas cidades (le parkour), ou utilizar os equipamentos de parques temáticos (jogos vertiginosos).
Histórico: Esportes Radicais
A origem desses esportes radicais e de aventura surgiu no final da década de 80 e no início da década de 90, quando viraram moda os esportes que os adultos praticavam como o paintball, o surf, o skydiving, o alpinismo, o paraquedismo, o montanhismo, hang gliding e bungee jumping, o montain bike e o trekking. Antes eram esportes praticados por