esportes radicais
Desde a década de 60, uma nova tendência esportiva vem crescendo vertiginosamente: são os esportes não-formais, aqueles cuja principal característica é fugir do trivial, ou seja, escapar dos convencionais esportes coletivos praticados com bolas em quadras ou campos. Mais do que simples práticas esportivas, essas modalidades constituem um estilo de vida, já que, embutido nelas, encontra-se um modo de se vestir, falar, comportar-se, enfim, um cotidiano próprio.
Além disso, uma condição quase essencial é o contato com ambientes naturais — como praias (surfe, windsurfe, paraglide), bosques (paintball), florestas e montanhas (montanhismo e escalada técnica), cachoeiras (rapel), rios (canoagem), até mesmo o ar (pára-quedismo) ou ambientes arquitetônicos adaptados à prática — a urbanidade das ruas, praças, escadarias, corrimões, etc. (esqueite, patinação on line, ciclismo), pontes e viadutos (bungee jumping) e estradas secundárias, na sua maioria, de terra (rally). Assim, de acordo com a escolha do espaço físico, a maioria dessas atividades ganha bastante em emoção, pois o praticante geralmente está submetido a intempéries, principalmente naqueles esportes em contato com a natureza, ou correndo risco por estar exposto a um ambiente urbanizado cuja finalidade não é a prática esportiva, portanto, estando também sujeito a imprevistos. Não é difícil, então, supor o motivo da nomenclatura desse tipo de modalidade: esportes radicais.É interessante observar que a gama de esportes radicais atende a todos os perfis de atleta. Alguns requerem um investimento alto para a compra de equipamentos, enquanto outros quase não os utilizam ou têm custos relativamente baixos. O número de praticantes também é bastante flexível, variando de uma pessoa até algumas centenas. Além disso, o próprio local da prática esportiva é diversificado: vai desde praias e mar, passando por ruas e estradas, e chega a sistemas ecológicos ricos, como matas, florestas e