Esporte escolar
LUCAS MATEUS MARTINS
O esporte como conteúdo da EFI tem suas razões históricas, tendo como marco a Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra primeiramente, e espalhando-se a partir de 1850 para outros países. Pode-se dizer que a Educação Física inglesa, diferentemente de outros países, não possuía um caráter militar de disciplina e treinamento, sendo o esporte a contribuição maior deste país. No Brasil a esportivização inicia-se na década de 50, com o Método Desportivo Generalizado, atingindo seu auge a partir da década de 70, onde o binômio mais utilizado foi Educação Física /Esportes, chegando o governo a subordinar a Educação Física escolar ao esporte. Nesse sentido, o professor de educação física, tendo em vista a importância que assume o esporte como conteúdo das suas aulas, precisa refletir cotidianamente sobre a sua ação docente, quando da intenção de fomentar esse fenômeno social, que nos últimos tempos tem assumido uma dimensão bastante significativa em todo o mundo, despertando paixões, emoções e interesses diversos. E é justamente a dimensão educacional sobre a ótica da concepção histórico-crítica que precisa ser cada vez mais valorizada no universo escolar, onde o esporte envolve-se em uma roupagem performática, priorizando os talentosos em detrimento dos "pernas-de-pau", criando: uma espécie de dupla pedagogia, pela qual um grupo de alunos, minoritários, está submetido a uma proposta inspirada no esporte de alto rendimento, enquanto o restante, que é a maioria, é desconsiderado pela escola. Restringe, portanto, o professor, a abordagem do esporte em sua dimensão de performance, enfatizando as questões técnicas, aproveitando apenas aqueles alunos que já as dominam, que já sabem o esporte. Nesse sentido, o esporte é ensinado de forma descontextualizada, os rumos da ação pedagógica são caracterizados pela insistência na abordagem do esporte de rendimento, buscando sempre a otimização dos