Espectroscopia
Guido Lenz
Biofísica, 1997
Os métodos fotométricos, como diz o nome, usa a luz (foto), para medir algo (métrico), geralmente a concentração de um cromóforo, isto é, um composto que tem capacidade de interagir com a luz.
Para entender os métodos fotométricos, é necessário possuir claramente os conceitos referentes à luz e à interação desta com a matéria. Primeiramente é preciso discutir alguns aspectos da luz.
1. Luz
A luz é uma onda eletromagnética, isto é, possui dois componentes, um componente elétrico e outro magnético, posicionados a um ângulo de 90º um em relação ao outro.
Todo movimento oscilatório possui um comprimento de onda, que é a distância entre dois máximos de onda. Na Figura 1 podemos ver uma onda com um comprimento de 360 e outro de
200 nm. A amplitude da onda ( neste exemplo de 1,0 e 0,6) representa a intensidade da mesma.
2
SOMA
1,5
200 / 1,0
Amplitude
1
360 / 0,6
0,5
0
0
100
200
300
400
500
-0,5
-1
Distância / nm
-1,5
Figura 1. Ondas com diferentes λs e amplitudes e a soma resultante.
Uma outra propriedade muito importante das ondas é que elas podem interagir umas com as outras. No exemplo da figura 1, as duas ondas na realidade se somam para produzir a onda marcado com SOMA. Este efeito de soma das ondas é particularmente importante no que se refere à interferência entre ondas, que, quando defasadas em π se anulam completamente (interferência destrutiva) e quando não possuírem defasagem (ou obviamente defasagem de 360,
1
720º ...) se somam (interferência construtiva). Basta lembrar que a diferença entre uma luz normal e um laser é a interferência, que é construtiva neste e tanto construtiva como destrutiva naquele.
O comprimento de onda (λ) se relaciona com as outras propriedades das ondas através das seguintes equações:
λ
c
E=hν
“c” é a velocidade da luz no vácuo (~ 3 x 108 m s-1), ν é a frequência em s-1, E a energia em Joules e h a constante