Especialista

TOCQUEVILLE, Alexis. A democracia na América Livro II: sentimentos e opiniões, Cap. I – IX e XII, Martins Fontes. São Paulo, 2004.

Alexis Henri Charles Clérel de Tocqueville “é considerado um dos autores mais influentes do liberalismo no ocidente [...] Em 1831, resolveu empreender viagem aos Estados Unidos a fim de realizar uma pesquisa sobre o código penal americano. Porém, suas intensões tomaram outro rumo” (ALEXIS DE TOCQUEVILLE Acesso em: 22 fevereiro 2014).

ADVERTÊNCIA

O autor inicia o seu livro, a título de advertência, afirmando que “Os americanos têm um estado social democrático que lhes sugeriu naturalmente certas leis e certos costumes políticos” (TOCQUEVILLE, 2004, p. XI). Além disso, toda a questão relacionada à origem da população americana, seus costumes, religião dos seus fundadores e de acordo com Tocqueville (2004, p. XII): “as luzes que adquiriram, seus hábitos anteriores exerceram e ainda exercem, independentemente da democracia, uma imensa influência sobre sua maneira de pensar e de sentir”.
Cremos que ao citar a expressão “as luzes” (grifo nosso), Tocqueville esteja se voltando para o Iluminismo, “movimento intelectual que ocorreu na Europa do século XVIII, e teve sua maior expressão na França, [...] Também conhecido como Época das Luzes, [...] onde os temas giravam em torno da Liberdade, do Progresso e do Homem” (O que é Iluminismo Acesso em: 22 fevereiro 2014). Os fatores: democracia e ambiente social, relacionados, criam uma espécie de ethos americano que caracteriza a fisionomia do seu mundo político.

CAPÍTULO I

DO MÉTODO FILOSÓFICO DOS AMERICANOS

Segundo aponta Tocqueville (2004, p. 3), não há no mundo um país que dê menos importância à filosofia do que os Estados Unidos. Assim, eles não possuem uma escola filosófica própria. Eles possuem, sim, uma filosofia de vida quotidiana comum que entre outras coisas se caracteriza em romper com as tradições e costumes, e costumam “tender ao resultado sem se deixar