Especialista
Paulo: Paz e Terra, 1996.
Francimar Batista Silva*
Em suas primeiras palavras Freire deixa claro o tema a ser tratado em seu livro: a prática educativo-progressista em favor da autonomia do ser dos educandos através da reflexão na formação docente.
Devemos refletir a nossa prática enquanto educadores, se estamos favorecendo ou não a autonomia do ser dos educandos, e algumas das atitudes a que nos dedicar é a formação científica, correção ética, respeito aos outros, coerência, capacidade de viver e de aprender com o diferente.
O livro se divide em três capítulos.
1. Não há docência sem discência.
Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. Então nós educadores não devemos nos sentir “donos” do conhecimento a ser transferido para “aqueles que não o tem”, mas criadores de caminhos para que o educando consiga construir o seu conhecimento e nessa construção aumentar os nossos próprios conhecimentos, porque estamos em formação permanente. Para o sucesso do trabalho educativo, é importante que o educador goste do que faz, acredite que está alcançando os resultados esperados e se sinta satisfeito e realizado. Quanto mais o educador se aperfeiçoa, tanto mais alcança sucesso em seu trabalho.
Para Paulo Freire o educador tem o dever de reforçar a capacidade crítica de seu educando, sua curiosidade, sua insubmissão, para que percebam que aprender criticamente é possível desde que sejam criadores, instigadores, inquietos, rigorosamente curiosos, humildes e persistentes.
Não devemos aceitar tudo que nos é dito como verdade absoluta, é preciso questionar, investigar através da pesquisa, não podemos desistir e nem mesmo nos acharmos donos da verdade, quando pensamos que tudo sabemos é porque nada sabemos.
*