Espaço Residencial de São Luís
Na segunda metade do século XVIII, quando a cidade deu um salto populacional de 854 habitantes para
16.580, motivado principalmente pela migração de famílias do arquipélago de Açores e, sobretudo, com a introdução do trabalho escravo africano, o centro histórico de São Luís passa a concentrar atividades econômicas, com abertura de casas comerciais e, consequentemente, maior valorização do solo urbano e maior diversidade no tamanho dos lotes.
Em decorrência dos lotes serem mais profundos do que largos, as construções obedeciam a padrões urbanos que favoreciam a circulação do ar e à iluminação, basicamente desenvolvidas em cinco projeções de plantas: retangular, em L, em C, em U e em O, com predominância das formas em L e em U.
O espaço residencial é fortemente inspirado na arquitetura civil portuguesa, de modo especial no edificado pombalino. As edificações residenciais receberam denominações como morada e meia, meia morada e comércio, morada inteira, porta e janela. Estas habitações se distinguirão mais pela quantidade de cômodos do que pela ornamentação ou sistemas construtivos. A maioria delas foi erguida como morada e local de comércio de ricos senhores, com isso formou-se um território com imponentes casarios de até quatro pavimentos. Construídos de pedra e cal, com sacadas de ferro batido, portadas em pedra de Lioz (tipo de calcário branco e duro) ou pedras de cantaria (pedras lavradas e cortadas) e fachadas revestidas de coloridos azulejos portugueses.
Fontes bibliográficas:
Dissertação para a obtenção do título de mestre em Arquitetura de Tayana do Nascimento Santana Campos Figueiredo http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=842132 http://passeiourbano.com/2012/09/12/arquitetura-de-casas-e-sobrados-de-sao-luis/