Escuta Pedagoga
Eu sei que na sua fôrma na cabe a gente brincar de ser feliz, talvez algum acontecimento traumático e obscuro no passado lhe impeça de enxergar a raiz das coisas, de ser radical. Pode ser que mesmo tenha raiva de quem possa brincar. São as contingências de sua fôrma, de seus catálogos, de suas fórmulas que lhe ensinam a contar, mas não estrelas. Pois é minha cara pedagoga, do que me serve uma educação pré-concebida, arquitetada nos alforjes de um pretenso saber, de uma determinada cátedra ou ainda baseada em uma posição na hierarquia das instituições, tão frágil quanto instável? Sim, “loucos parecem ser aqueles que dançam para os que não podem ouvir a música”. Os que estão ocupados demais com seus quadros e planilhas de medirem “ais”. Tão petrificado como as relações que ajudam a manter com seus tours de força, seus procedimentos miméticos que não se reinventam e nem inventam nada. Parece que não há um outro além da linha da mesa na qual se encontra o burocrata com seu diário, seu controle de frequência, seu poder de avaliar pessoas em um pedaço de papel. Se resumirmos o educar a esse fato, manipulador, que apenas reproduz e reproduz e reproduz as engrenagens invisíveis das práticas milenares e consagradas pela santa sé de seus conhecimentos transformados em verdades insofismáveis e absolutas, estaremos diante de uma contrafação no ato de educar e mistificando o ato de aprender. Aí não há uma festa, há um botim de consciências. Aí, a liberdade que dizem defender cessa nos reclamos dos alunos, faz-se de surda aos pedidos de quem tem desejo e