Escravos
A importação de negros, durante três séculos, serviu para consolidar na América um vasto Estado etiópico. Os escravos foram responsáveis pelo crescimento populacional e financeiro do país. Foram seis milhões de negros trazidos ao longo desses trezentos anos. Eles eram vendidos pelos Sobas (líderes angolanos) aos mercadores portugueses por alguns mimos e eram vendidos aqui no Brasil por alto preço. O preço elevado, a facilidade de navegação, a crescente procura, a inesgotável oferta, fizeram do negreiro o melhor negocio da terra . As maiores fortunas da América forma consolidadas em cima do tráfico negreiro.
Evidentemente o tráfico acompanhava o desenvolvimento da lavoura e o crescimento do país. Segundo alguns pesquisadores o número de negros ultrapassava a população branca em número abismante. Eram cerca de 17 negros para 1 branco.
No começo o tráfico era feito exclusivamente por navios portugueses. Mas, com o uso das madeiras de construção náutica do Brasil- e a fundação de estaleiros na Bahia, Pernambuco, Maranhão, Rio de Janeiro e em Porto Seguro, o governo real pediu que as embarcações fossem lançadas ao mar. Assim, passou aquela navegação da metrópole para a colônia. E dos negociantes de lá, para os negociantes de cá. Em meados do século III os brasileiros tinham o monopólio do trafico negreiro; eram seus brigues, armados na Bahia e em Recife, que faziam todo o comércio africano. E eram os capitalistas dessas praças os mais acreditados e poderosos nas feitorias de escravos. Tanto que se vira o governo obrigado a restringir as viagens, a 24 navios para cada porto de saída, em 1743, e a intervir para que os traficantes mais ricos não esmagassem a concorrência dos amadores menores.
Procedência e distribuição
A Angola, O Congo e Guiné eram os principais fornecedores de negros. A Angola do principio ao fim sempre foi o maior centro abastecedor. Ao sul do Zaire, os portugueses antes de importar os negros, faziam com que