Escravidão
Abordar a sociedade no século XIX, sem mencionar os escravos e suas revoltas e o seu papel na sociedade imperial, seu modo de vida, como se interagia com os demais grupos, sua sociedade, suas formas de poder e como isto se desenrolou durante este período até o seu desfecho com o fim da escravidão 1888.
Quase quatro séculos de escravidão moldarão uma sociedade dividida, onde a exploração e violência marcaram este período. O escravo era fundamental a todos os setores da economia, desde a produção a circulação das riquezas, onde a mão de obra era fundamental para a continuidade do sistema.
Milhares de africanos ao longo de trezentos anos fizeram deles e de seus descendentes se tornassem presença demográfica superior a outros grupos que habitavam o império. Os senhores, os capitães do mato e a classe dominante, no que diz respeito a contenção e a disciplina, impunham formas de terror e correções muitas das vezes severas, mortes com esquartejamentos para impregnar o medo de fugas e revoltas juntos aos escravos.
Pude observar que no processo de abolição da escravidão que decorreu ao longo do século XIX o escravo teve um papel importante neste processo. A absorção dos forros pelo mercado de trabalho assalariado ou livre exigia adaptação de ordem cultural e maior presença do estado, e que estes livres com acesso as diversas setores de produção, administração e informação se beneficiava e estimulavam as fugas e as revoltas.
Observamos que a resistência muitas das vezes não era violenta, as pequenas faltas, a figura do escravo preguiçoso ou fujão, os desvios de produção, o trabalho mal feito tudo isto pode ser considerado formas de resistência, mas formas de barganha, negociação para um escravo ou um grupo para melhores condições de trabalho ou resistência a excessos de açoites cometidos pelos senhores ou seus subordinados.
Quilombos como forma de resistência escravas no Brasil
Segundo João José Reis, embora não tivesse sido as únicas formas de