Escravidão da Mulher
O principal objetivo era debater a fundo com estudantes e comunidade sobre a escravidão feminina contemporânea e todas as formas de opressão e violência contra a mulher, como violência doméstica, violência sexual, menor remuneração salarial em comparação aos homens, jornada tripla de trabalho, falta de acesso a serviços médicos, entre outras.
A escola promoveu espaços onde foi possível refletir sobre as situações cotidianas de opressão enfrentadas pelas mulheres e questioná-las, já que muitas vezes são consideradas naturais. O projeto também se empenhou em mostrar à comunidade como identificar situações de violência contra a mulher, como se prevenir e como denunciar.
Na comemoração do Dia das Mães, a escola promoveu, em parceria com a Unidade de Saúde da Família, o dia da saúde da mulher. Mais de cem mães participaram e puderam fazer exames médicos, tomar vacinas e receber informações sobre higiene íntima e prevenção ao câncer de colo de útero e de mama, além de participar de atividades físicas.
O grupo da “melhor idade” participou de uma sessão de filme, seguida de uma roda de conversa sobre as tarefas consideradas masculinas e femininas e a desigualdade existente entre homens e mulheres.
Os conteúdos foram amplamente trabalhados por meio de pesquisa bibliográfica, exibição de filmes e produção de paródias, poesias, seminários, cartazes, peça teatral, danças, cordel e telas, retratando situações de liberdade e de escravidão vividas pelas mulheres.
No decorrer do projeto, os estudantes convidaram mulheres da comunidade para serem entrevistadas em sala de aula. Muitas se sentiram à vontade para contar suas histórias de vida e situações de opressão a que já estiveram sujeitas. Muitas mulheres também procuraram a escola para denunciar casos de violência a que já estiveram submetidas e pedir ajuda.