Resenha(Notas sobre a Escravidão na Africa pré-colonial
Turma: H (Noturno)
Atividade:
Resenha do texto:
REIS, João José. Notas sobre a escravidão na África pré-colonial. Estudos Afro-Asiáticos, n. 14, setembro de 1987, p. 5-21
O texto de João José Reis busca elucidar o debate, apresentando como se dera as relações escravistas dentro da África pré-colonial, buscando desconstruir o mito de que foram os europeus que introduziram a opressão e exploração dos povos Africanos. Afirmando que os próprios Africanos também produziram internamente opressão, tendo inclusive a existência de 2 tipos diferentes de escravidão, a escravidão de larga escala, de plantation, e a escravidão de pequena escala, conhecida ora por escravidão doméstica, ora por escravidão de linhagem ou parentesco. O início do texto, o autor procura apresentar as variadas vertentes, e histórias, acerca de que escravidão existia, depois revigora a vertente que segue em relação a escravidão pré-colonial. Neste sentido é apresentado os autores Suzanne Miers e Igor Kopytoff, que afirmam que na África existia uma forma “amena” de escravidão, a qual não pode ser considerada como uma forma de exploração do trabalho. Na medida em que, as pessoas se tornavam escravos por punição judicial ou garantia de pagamento de débitos, e nestas condições eram relativamente bem tratados, pois tinham inclusive acesso aos meios de produção. Nesta perspectiva, estes autores inclusive se recusam a falar em escravidão pré-colonial. Outro autor citado, é M. G. Smith, que reconhece a existência da escravidão pré-colonial, mas afirmam que o sistema era atenuado, devido aos senhores e escravos partilharem da mesma cultura. Tal perspectiva, conhecida como “pluralista cultural”, “recusa qualquer ponto de vista sobre a escravidão na África que acentue sua natureza de sistema de trabalho para produção e reprodução” (p. 6) João José Reis, discorda dos três autores, afirmando que eles subestimam a função produtiva e reprodutiva