Espionagem e a História A espionagem é tão antiga quanto à civilização. O homem logo percebeu que informação é poder, e que alguns dados só podem ser conseguidos por via indireta. Espionagem é isso, a arte de obter informações sobre uma pessoa, um grupo ou uma empresa, muitas vezes sem pedir autorização e sem que a pessoa investigada sequer perceba o que aconteceu. Desde que a pratica surgiu, há pelo menos uns 4.000 anos, o campo de ação primário de um espião é militar. A Bíblia conta que, na luta para conquistar a Terra Prometida, o exercito hebreu usou homens infiltrados entre os inimigos. No Império Romano, a espionagem e a contra espionagem fazia parte das atividades não só do governo, mas de cada membro da elite. Desenvolveu-se então outra função para a atividade: a investigação contra as próprias pessoas. Senadores monitoravam os passos de outros senadores, de seus empregados e das próprias esposas. A história dos Romanos ensina que nem toda informação é fundamental: É preciso saber interpretar os dados cruciais do inimigo – quem é, onde mora, como se movimenta, quais suas capacidades. O resto tem que ser descartado para não confundir. O fator tempo é crucial. Boas fontes, dados precisos e ótima capacidade de interpretação e comunicação não são nada se, depois de tudo isso, a pessoa interessada ficar sabendo de tudo isso muito tarde. Júlio César, por exemplo, sua rede de inteligência sabia que existia um complô para assassiná-lo e quem iria traí-lo. Só que ele morreu dentro do Senado, assassinado por Brutus, sem ter tido acesso a nenhuma dessas informações. A mesma rede que havia garantido a vitoria de César contra o general Pompeu, anos antes, cometeu um erro fatal.
Agentes da Fé
Durante a perseguição romana aos cristãos, os dois lados mantinham agentes infiltrados. São Ciprião quase foi preso por causa de um falso fiel, mas a contra inteligência cristã descobriu a tempo e