Rede Can
O protocolo CAN foi desenvolvido pela empresa Robert Bosch GmbH, na Alemanha, em 1986 (BOSCH, 1991), para aplicação na indústria automobilística, com o objetivo de simplificar os complexos sistemas de fios em veículos com sistemas de controle constituídos por múltiplos microcontroladores/microcomputadores para gestão do motor, sistema de freio, controle da suspensão, etc. A especificação base deste protocolo anuncia elevada taxa de transmissão, grande imunidade às interferências elétricas e capacidade de detectar erros.
Funcionamento
O protocolo de comunicação CAN descreve o método como a informação é transferida entre dispositivos e é assunto de padrões internacionais aprovados pela ISO - International
Standard Organization. Esta organização aprovou-o como barramento padrão para redes de alta velocidade de transmissão de dados (de 125 kbps à 1 Mbps), por meio da norma
ISO11898. Já para taxas de transmissão menores (de 10 kbps à 125 kbps) foi estabelecida pela norma ISO11519-2. Ambas as normas estão em conformidade com o modelo de referência
OSI - Open Systems Interconnection (define camadas para a estrutura de um sistema de comunicação), para as duas camadas inferiores: enlace (camada 2) e o físico (camada 1).
O CAN é um protocolo de comunicação serial síncrono, que permite controle distribuído em tempo real, com elevado nível de segurança. O sincronismo entre os nós conectados à rede é feito em relação ao início de cada mensagem enviada ao barramento
(evento que ocorre em intervalos de tempos conhecidos e regulares).
Este padrão define uma rede em barramento com capacidade multi-mestre, em que todos os nós podem pedir acesso ao meio de transmissão simultaneamente, ou seja, todos os nós podem tornar-se mestres em determinado momento e escravos em outro. A função de
Mestre é requisitar e controlar atividades dentro da rede e a de Escravo é executar e repassar informações de processos controlados àquele que o controla ou