Escola e democracia 2
AS TEORIAS DA EDUCAÇÃO E O PROBLEMA DA MARGINALIDADE
“Como as teorias da educação se posicionam diante. Grosso modo, podemos dizer que, no que diz respeito à questão da marginalidade, as teorias educacionais podem ser classificadas em dois grupos. Num primeiro grupo, temos aquelas teorias que enten- dem ser a educação um instrumento de equalização social, portanto, de superação da marginalidade. Num segundo grupo, estão as teorias que entendem ser a educação um instrumento de discriminação social, logo, um fator de marginalização”. AS TEORIAS NÃO-CRÍTICAS
A PEDAGOGIATRADICIONAL
“Sua organização inspirou-se no princípio de que aeducação édireito deto- dos edever do Estado. Odireito detodos àeducação decorria do tipo de sociedade correspondente aos interesses da nova classe que se consolidara no poder: aburguesia. Tratava-se, pois, de construir uma sociedade democrática, de consoli- dar a democracia burguesa. Para superar a situação de opressão, própria do "Antigo Regime", eascender a um tipo de sociedade fundada no contrato social celebrado "livremente" entre os indivíduos, era necessário vencer a barreira da ignorância.
“A escola surge como um andoto à ignorância, logo, um instrumento para equacionar o problema da marginalidade. Seu papel é difundir a instrução, transmitir os conhecimentos acumulados pela humanidade e sistematizados logicamente. O mestre-escola será o artífice dessa grande obra. A escola se organiza, pois, como uma agência centrada no professor, o qual transmite, segundo uma gradação lógica, o acervo cultural aos alunos. A estes cabe assimilar os conhecimentos que lhes são transmitidos.”
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