Escola libertária
(anarquista)
Histórico
A pedagogia libertária ou como é também conhecida educação Anarquista surgiu no final do século XIX e início do XX. Essa concepção de educação nasceu como um movimento de caráter internacional de apoio aos trabalhadores contra a educação capitalista e opressora.
Essa compreensão de ensino tem por objetivo fazer um contraponto à visão burguesa de educação, que tinha por suas características os castigos, repressão, submissão e obediência. Segundo seus idealizadores, essas práticas deveriam ser substituídas pela teoria libertária de formação do novo homem e da nova mulher, com autonomia sobre suas decisões e atos perante a sociedade. A pedagogia libertária caracterizou-se por eliminar as relações autoritárias presentes no modelo educacional tradicional e também por permitir que o aluno possa alterar os caminhos do seu processo de formação escolar. Essa ideologia acerca da educação segue de certa forma os ideais socialistas de sociedade privilegiando o indivíduo, entretanto não se esquecendo dos ideais de uma coletividade mais justa, para os libertários, a única forma de eliminar essa relação de desigualdade. Na sua gênese essa maneira de pensar a educação, segue os ideais de ensino de dois principais idealizadores, Francesc Ferrer i Guàrdia e Paul Robin. O primeiro nasceu na cidade de Allela, em Barcelona no dia 10 de janeiro de 1859, filho de pais católicos, cedo se tornou contrário a igreja e juntou-se à maçonaria. Apoiou o pronunciamento militar de 1886, que pretendia proclamar a República, mas diante do fracasso deste, Ferrer teve de exilar-se em Paris. Sobreviveu ensinando espanhol até 1901, e durante este período criou os conceitos educativos que aplicaria em sua Escola Moderna. Ferrer desenvolveu o método racional, enfatizando as ciências naturais com certa influência positivista, privilegiando a educação integral. Propõe uma metodologia baseada na cooperação e respeito mútuo. Sua escola deveria ser