Escola Francesa de Ginástica
Francisco Amorós y Ondeano foi um professor e militar espanhol, naturalizado francês. Iniciou seu trabalho na Espanha, e em 1814, desenvolveu suas ideias no contexto da ginástica. Seu trabalho consolidou-se na França, no século XIX, na Escola de Ginástica Francesa. Em 1818, criou o Ginásio Militar, no qual deu origem à ginástica eclética, que misturou as técnicas e ideias dos alemães Guts Muths e Jahn. Para Amorós a ginástica na França deveria abranger a prática de todos os exercícios que tornam o homem mais corajoso, mais inteligente, mais sensível, mais forte, mais habilidoso, mais adestrado, mais veloz, mais flexível e mais ágil, predispondo-o a resistir a todas as estações, variações de clima, a suportar todas as privações e contrariedades da vida, a vencer todas as dificuldades, a triunfar de todos os perigos e de todos os obstáculos que encontre. Para isso, idealizou uma série de itens que considerava essencial para sua obra, entre eles, a ênfase à resistência à fadiga, o andar e o correr sobre terrenos fáceis ou difíceis, o saltar em profundidade, extensão e altura, com ou sem ajuda de materiais, a arte de equilibrar-se em traves fixas, o transpor barreiras, o lutar de várias maneiras, o subir com auxilio de corda com nós ou lisa, fixa ou móvel, a suspensão pelos braços, a esgrima e vários outros procedimentos aplicáveis a um grande número de situações de guerra ou de interesse público geral.
Tinha como pressuposto que o lado físico contribuía diretamente para a construção do homem ideal para a sociedade, pois, através da “gymnastica”, seria possível a formação ética (disciplina), social (resistência às adversidades das guerras) e higiênica (aumento da forca e saúde corporal).
Depois surgiram variações da ginástica francesa, como o método natural de Hébert – sistematizado pelo militar Georges Hébert -. Apos uma erupção vulcânica do Monte Pelair, Hébert queria tornar a população mais forte, independente, útil e capaz de se auto