escola de relações humanas
OU
‘COMO FAZER AMIGOS E INFLUENCIAR PESSOAS’
Autoria: Dayse Mendes
RESUMO
Neste artigo busca-se estabelecer uma relação entre a criação da Escola de Relações Humanas e o contexto de seu surgimento, examinando características histórico-culturais-econômicas de seu país de formação, os Estados Unidos, no período compreendido entre o final da década de
1920 e a década de 1930. Percebe-se que o período foco de análise ficou conhecido pela busca e desenvolvimento, em todos os setores da sociedade norte-americana, da prática de relações humanas como meio para obtenção de sucesso pessoal ou empresarial. Deste modo, relações humanas torna-se uma atitude desejada para convivência „harmoniosa e positiva‟, seja no lar, seja na fábrica. O objetivo deste artigo é iniciar uma contribuição no sentido de um melhor entendimento dos desenvolvimentos da ciência da administração, visto serem estes referidos ao seu contexto histórico, contexto este que pode explicar as sucessivas reestruturações deste campo do saber bem como sua atual configuração.
1. INTRODUÇÃO
Pretendo com este artigo iniciar um estudo1 que busque estabelecer relações entre história geral e história da administração, pois acredito que um entendimento mais adequado da evolução da administração e de cada uma de suas escolas (ou abordagens 2) só se dá a partir de uma contextualização histórica, da compreensão do ambiente, da cultura, da economia e da própria personalidade dos que a fizeram. Parto do pressuposto de que qualquer ciência pode ser produto social ou histórico, posto que “[...] não se pode isolar o método científico de suas relações com os problemas e configurações do saber de uma época. Estes problemas só podem ser postos e resolvidos naquela época. A história da ciência não resulta [...] de uma simples acumulação de teorias, dados, leis e observações, mas do modo sui generis que tem cada época de por problemas [...]” na medida em que há envolvimento