Escola de Chicago
Considerada uma teoria de consenso. Pode-se dizer que a criminologia americana, como tal, se iniciou nas décadas de 20 e 30, à sombra da Universidade de Chicago, com a teoria ecológica e os múltiplos trabalhos empíricos que inspirou. Na linha da obra pioneira de Robert Park e Ernest Burguess (de ambos os autores, Introduction to the Science o f Sociology, 1921, e The City, 1925) em sede de sociologia, a escola criminológica de Chicago encarou o crime como fenômeno ligado a uma área natural.
Historicamente coincidente com o período das grandes migrações e da formação das grandes metrópoles, teve a escola de Chicago que se afrontar com o problema característico do ghetto. As sucessivas ondas de imigrantes arrumavam-se segundo critérios rigidamente étnicos, dando origem a comunidades tendencialmente estanques. Parecia, assim, natural que se optasse por um modelo ecológico - ou seja, desequilíbrio entre a comunidade humana e o ambiente natural – para o enquadramento dos fenômenos sociais."
Caracterizou-se pelo seu empirismo e sua finalidade pragmática, isto é, pelo emprego da observação direta em todas as investigações (da observação dos fatos são induzidas as oportunas teses) e pela finalidade pragmática a que se orientavam: um diagnóstico confiável sobre os urgentes problemas sociais da realidade norte-americana de seu tempo. Seus representantes iniciais não eram sociólogos nem juristas, senão jornalistas, predominando em todo o caso, como setor de procedência, o amplo espectro das ciências do espírito.
A escola de Chicago pode ter seu trabalho melhor compreendido dividindo-o em duas fases: a Primeira Escola vai de 1915 a 1940, enquanto a segunda escola vai de 1945 a 1960. O trabalho dessa escola explorou a relação entre a organização do espaço urbano e a criminalidade.
A escola de Chicago se tornou bastante importante para o estudo da criminalidade urbana. As teorias estabelecidas por seus sociólogos durante aquele período influenciaram