Escola de Chicago
Principais pontos:
- Interesse metodológico: só com a metodologia na coleta de dados, de forma eficaz, é que os resultados podem ser estudados e comparados. Apesar de não serem absolutos e não responderem a todas as questões, eles tem o importante papel de suscitar as duvidas e, principalmente, de montar um cenário sobre o qual serão feitos os estudos necessários à criminologia.
- As cidades, hoje, não são mais bem como as cidades medievais, cuja proteção era o principal recurso e o principal foco, nem como as cidades típicas do período barroco. Atualmente, essas aglomerações são estados de espírito e estão envolvidas nos processos vitais das pessoas que a compõem, ou seja, foca-se no morador e não na morada.
- A região moral, que não é só um espaço físico pré-determinado, mas um local de encontro onde as pessoas que não se encaixam na cidade, passam a reconhecer seus semelhantes, que também estão desencaixados, começa a formar as primeiras zonas de conforto.
- Mobilidade, entendida não como o ato de se mover fisicamente, mas socialmente. Mudar de emprego, residência, ascensão ou decadência social, ou seja, é o que muda no indivíduo quando vive em cidade. Quanto mais de move, menor existe o controle social. Quanto menor o controle social, maior a probabilidade de delinquência, pois individuo não se reconhece como parte do grupo. Enquanto nas grandes cidades é mais evidente o crime com o patrimônio, nas pequenas cidades a maior incidência é sobre crimes passionais e contra a pessoa.
- O maior problema do excesso de mobilidade das grandes cidades é o aparecimento das doenças mentais, pois como o individuo não tem mais referências por fazer parte de um grupo que não quer mais e não ser aceito no novo, ele tem um distúrbio que só alimenta àqueles que querem manipular uma grande massa. Esses indivíduos, perdidos, tornam-se, então, massa de manobra operada por agentes com interesses políticos e econômicos