Escola de Chicago e Robert K. Merton
Disciplina: Sociologia do crime e da violência
Aula do professor Michel Misse sobre Escola de Chicago e Robert K. Merton. O professor Michel Misse começou sua aula nos apresentando a escola filosófica do final do século XIX, o Pragmatismo. A escola era composta primeiramente por Charles Sanders Peirce, William James e Oliver Wendell Holmes, mas em seguida novos acadêmicos importantes dos EUA se juntaram ao grupo. Para a escola de pensamento pragmatista, as ideias ou teorias para terem importância, devem servir de instrumento para a resolução de problemas na realidade. Influenciada por essa lógica, em torno do ano de 1900, começa a formar-se nos Estados Unidos uma escola de pesquisas sociológicas que se contrapunha à sociologia especulativa praticada na Europa. A intenção era realizar pesquisas a partir de situações concretas, tentando criar ferramentas que os ajudassem a analisar as atitudes e os comportamentos, tomando a cidade como laboratório social. A partir da década de 30, com os autores Parsons e Merton, uma abordagem diferente começa a surgir. Merton tentou buscar o meio termo entre o funcionalismo de Durkheim e o interacionismo, resultando no que ele chama de “Teorias de Médio Alcance”. Partindo do conceito de anomia de Durkheim, Merton se contrapõe a ideia Durkheimiana de que o funcionamento defeituoso das estruturas sociais se dá por falhas do controle social, ou seja, a ideia de que o Homem nasce antissocial com instintos violentos que vão sendo manejados com o surgimento da ordem social. Merton adota o termo anomia como significando uma incapacidade do indivíduo em atingir os objetivos culturalmente definidos. Segundo Merton, a sociedade define alguns objetivos que são mantidos como objetivos legítimos para todos, mas também são definidos os meios aceitáveis de alcançar esses objetivos. Os grupos sociais ligam seus objetivos a regulamentos que são enraizados nos costumes ou nas