Escola da vida
Os versos de 1 a 9 do capítulo 11 do livro contam da história de um grupo de pessoas, que antes do surgimentos das diversas línguas, foram morar no oriente, na planície de Sinear, uma terminologia usada na Bíblia Hebraica para se referir provavalmente à região da mesopotânia. A passagem explica o método construtivo dos babilônicos, com tijolos e betume, ao invés da técnica palestina de construir com pedra e cal. A estrutura é normalmente associada a um zigurate, antigos templos babilônicos, muito embora o texto não faça qualquer associação religiosa à torre. Iavé, o deus hebraico, então, desce "para ver a cidade e a torre, que os filhos dos homens edificavam" e vendo o que faziam, decidiu confundir-lhes as línguas para impedir que prossigam com sua empreitada, dizendo "Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que não entendam a linguagem um do outro."
Nesta passagem, a descrição antropomórfica de Iavé fica evidente quando ele "desce" e "vê" e mostra-se temeroso com o desenvolvimento do povo. O texto também apresenta alguns jogos de palavras "Babel", que significa confusão em hebraico e também com o uso de uma palavra que significa "lugar" e "nome" ao mesmo tempo no verso "façamo-nos um nome". As formas plurais empregadas por Iavé "Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que não entendam a linguagem um do outro." mais aparecem no relato javista.
Apesar do contexto babilônico da história, não se conhecem relatos paralelos na mitologia babilônica Há, no entanto, uma história parecida à da Torre de Babel na Mitologia suméria chamada Enmerkar e o Senhor de Aratta, na qual Enmerkar de Uruk constrói um massivo zigurate em Eridu e os dois deuses rivais, Enki e Enlil acabam por confundir as línguas de toda a humanidade como efeito colateral da sua discussão
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