Escola da ponte
Quero dizer ao leitor que a descoberta da Escola da Ponte representou também para mim (para quem não representará?) uma extraordinária e fulgurante "experiência de iluminação". Estava ali, de fato, "a escola que sempre sonhara, sem imaginar que pudesse existir". (Ademar Ferreira dos Santos, 2012 p.13).
A escola da Ponte não é apenas (e já não seria pouco) um ambiente amigável e solidário de aprendizagem. Mais do que uma escola, ela é verdadeiramente, sem eufemismos, uma comunidade educativa - e daí o fascínio que ela exerce em todos aqueles que não revêem no modelo totalitário de sociedade que nos rege e que ainda não desistiram de sonhar e de lutar por uma sociedade diferente. E quem diz sociedade diz escola... (Ademar Ferreira dos Santos, 2012 p.15).
A ponte é, desde logo, uma comunidade profundamente democrática e auto regulada. Democrática, no sentido de que todos os seus membros concorrem genuinamente para a formação de uma vontade e de um saber coletivos - e de que não há, dentro dela, territórios estanques, fechados ou hierarquicamente justapostos. Autorregulada, no sentido de que as normas e as regras que orientam as relações societárias não são injunções impostas ou importadas simplesmente do exterior, mas normas e regras próprias que decorrem da necessidade sentida por todos de agir e interagir de uma certa maneira, de acordo com uma ideia coletivamente apropriada e partilhada do que deve ser o viver e o conviver numa escola que se pretenda constituir como um ambiente amigável e solidário de aprendizagem. (Ademar Ferreira dos Santos, 2012 p.15).
Mias do que um projeto de educação para cidadania, o que verdadeiramente distingue a Escola da Ponte é uma práxis de educação na cidadania. (Ademar Ferreira dos Santos, 2012 p.15).
A primeira grande surpresa que espera o visitante