escola da ponte
No modelo curricular da Escola da Ponte, os saberes são disponibilizados a todos os alunos, porém são desenvolvidos de modo diferente por cada um, respeitando as suas individualidades. No campo curricular, o direito de decisão, metodologias diferenciadas para ensinar e a avaliação são ingredientes que diferenciam o projeto da Escola da Ponte dos modelos tradicionais de ensino e aprendizagem. Diverso, o público da escola reúne estudantes de diferentes classes sociais; além disso, crianças e adolescentes com deficiências estudam no mesmo processo que os demais: participam dos grupos, vivenciam os processos de planejamento e autoavaliação e discutem regras da comunidade.
Considerando que os estudantes possuem a potencialidade de aprender e que o que os diferencia são seus percursos de aprendizagens, os quais são condicionados a sua história de vida e pela diversidade cultural,o processo de ensino e aprendizagem não pode ser visto como mera reprodução mecânica de conteúdos curriculares; e sim, como um processo de construção de significados atrelados aos vivenciados pelos educandos. Para conhecer a experiência e os conhecimentos prévios dos alunos é preciso refletir e ser capaz de agir sobre eles; uma das formas de conhecer o aluno e a sua realidade é por meio do diálogo; ou seja, uma mudança radical nas práticas dos professores seria imprescindível.
Dessa forma, o currículo e as práticas pedagógicas evidenciam como processos cotidianos articulados, que se determinam mutuamente, não havendo como diferenciá-los, pensá-los de forma isolada. Para tanto, ao discutirmos a questão curricular, devemos, também, contemplar as práticas pedagógicas e os saberes.