escola cartografica
O mestre Antonio Garcia, nos ensina que de acordo com a sua evolução histórica, a Criminologia é dividida em duas etapas, a saber:
1. Etapa pré- científica;
2. Etapa científica.
Na primeira etapa, é importante registrar, a existência da chamada "Escola Cartográfica" ou "Estatística Moral".
A ESCOLA CARTOGRÁFICA (ou ESTATÍSTICA MORAL) entende o crime como um fenômeno concreto, que deve ser analisado através de estatísticas, analisando dados e assim indo mapeando o crime.
Esta escola foi fundada por GARRY (advogado) e ADOLPH QUÉTELET (matemático e estatístico), que defendiam que “o crime é um fenômeno concreto e deve ser estudado pelas estatísticas”.
A Escola Cartográfica foi, na verdade, uma oposição ao pensamento abstrato da Escola Clássica.
A Escola Cartográfica tentou criar uma fórmula matemática para a existência dos crimes e ainda descobriu a chamada “cifra oculta da criminalidade” – crimes que não chegam ao conhecimento oficial do Estado.
Para a Escola Cartográfica ou Estatística Moral, o crime não é um acontecimento individual, mas, um fenômeno social. O criminoso, não altera de maneira significativa as estatísticas, quando analisado individualmente, sendo apenas um problema psicológico, sendo, por isso, irrelevante estatisticamente.
Esta escola tem como seus principais representantes:
1. Lambert Adolphe Jacques Quetelet (1796-1874), belga, matemático, foi precursor das matemáticas aplicadas nas ciências sociais, foi também demógrafo, astrônomo e sociólogo, considerado o "pai da antropometria humana", tendo publicado diversos livros sobre o criminoso e o crime.
Quetelet argumentava que todos os fatos sociais e humanos são regidos por leis naturais, visto que cada sociedade possui a sua própria e implacável taxa de criminalidade anual, assim como possuem suas taxas de natalidade e mortalidade.
Procurava, ainda, Quetelet demonstrar a freqüência com que os crimes ocorrem, argumentando que se fosse possível conhecer as