Escola amordaçada
Bem antes da implantação da Progressão Continuada, política pública educacional que, como apontamos anteriormente, tem se reduzido quase sempre à promoção automática (supressão da repetência), observávamos com frequência nas escolas, por parte de muitos educadores, o esforço assumido de formar classes homogêneas. Estas classes seriam idealmente formadas por alunos que estariam no mesmo nível de aprendizado e com ritmos semelhantes. A crença que embasava este procedimento era a de que, deste modo, o ensino seria otimizado.
Você vivenciou a divisão de classes entre forte, média e fraca?
R- Não. As crianças chegavam a escola e as diferenças de aprendizagem eram pouco notadas, aquelas que não estavam no padrão de ensino sentavam-se nas últimas carteiras chamadas de “fila C” alunos fracos, as primeiras carteiras a “fila A” era das mais fortes, as crianças da “fila C” acabavam por abandonas as escolas despreparadas para recebê-las.
Pesquise o que é Progressão continuada?
É um sistema que não prevê a reprovação do aluno ao final da série ou ano letivo. Os alunos que não atingirem o nível de conhecimento desejado recebam acompanhamento contínuo dos professores, de preferência paralelamente às aulas normais, como recomenda a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Isto pode ser feito com aulas extras no contra turno, por exemplo. Este sistema surgiu na década de 60 para melhorar e combater os problemas de repetição e invasão escolar.
População homogênea não existe mais. É preciso aprender a trabalhar com a diversidade. Como você discutiria com o professor sobre isso.
R- O aumento da população escolar ampliou as diferenças no ritmo de aprendizagem dos alunos, ainda hoje as escolas brasileiras têm dificuldades de lidar com a diversidade. O melhor caminho é explicar e fazer o educador ter consciência que o aluno é formado através das experiências que são vivenciadas por toda sua vida e o