Esclerose lateral amiotrófica
A esclerose lateral amiotrófica (ELA), patologia neurológica, crônica, degenerativa e letal, de etiologia desconhecida, caracteriza-se pela atrofia progressiva dos músculos do corpo, atingindo membros superiores e inferiores, fala e deglutição. Acomete, principalmente, pessoas na faixa etária de 40 a 60 anos. Devido à atrofia muscular, esta patologia leva à perda total da independência funcional, acarretando uma chocante situação para o indivíduo, que se vê prisioneiro no seu próprio corpo, desenvolvendo conteúdos de depressão e ansiedade. O caminho percorrido por pacientes e familiares ao longo de todo este processo é repleto de perdas sucessivas, de mortes parciais, traduzidas pelas constantes e irreversíveis atrofias musculares e perdas funcionais que a doença acarreta. O paciente vão gradualmente perdendo a capacidade de se alimentar por via oral, pois vão tendo a musculatura responsável pela deglutição atrofiada, precisando recorrer à gastrostomia. Da mesma forma, os distúrbios respiratórios começam a se manifestar, geralmente na fase final da doença, devido às lesões bulbares que afetam a musculatura pulmonar, observa-se dispnéia progressiva, que acaba sendo a causa mortis, na maioria dos casos, fazendo-se necessária a assistência (uso constante de oxigênio). Enfrentam também uma progressiva paralisia/atrofia dos membros superiores e inferiores, que em pouco tempo impossibilita a locomoção e a realização de qualquer atividade que envolva o uso da musculatura corporal como um todo. No entanto, geralmente, observa-se a preservação das capacidades cognitivas, ou seja, os pacientes permanecem lúcidos e cognitivamente preservados ao longo de toda a progressão da doença.
A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa que acomete tanto o neu¬rônio motor superior quanto o inferior, caracterizada pela deterioração progressiva das células do núcleo motor dos nervos cranianos do tronco