Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas
Introdução
A história da construção de escavações em centros urbanos iniciou-se nos anos 1920 e 1930 e nesta época os escoramentos usuais de escavações em áreas densamente habitadas eram feitos através de peças de madeira que eram cortadas para se adaptarem ao uso na medida das necessidades. A engenharia de então tratava o assunto com grande empirismo e adotava o lema: quando em dúvida coloque mais madeira, seja na direção horizontal, quando recebiam a denominação de estroncas, seja na direção inclinada quando eram chamadas de escoras.
As estroncas atravessavam os terrenos e a reação era de uma parede contra a outra; as escoras eram apoiadas, sem critério objetivo de engenharia, aleatoriamente “onde dava”, em geral reagindo contra valas improvisadas nos terrenos ou contra partes recém-executadas da estrutura futura.
Durante este mesmo período, com inspiração europeia, foram desenvolvidas técnicas de ancoragens em rocha para estruturas temporárias e depois para estruturas permanentes.
Apenas cerca de vinte e cinco anos após é que se desenvolveu o uso de tirantes protendidos em solo, pois só foi a partir dos anos 1960 que foi desenvolvida a técnica de injeção em solos.
Andre Coyne, trabalhando com os primeiros tirantes protendidos de alta capacidade em rocha na barragem de Cheurfas na Argélia em 1932, é creditado como o pioneiro no desenvolvimento das ancoragens em rocha.
Os desenvolvimentos mais importantes aconteceram desde o final da segunda guerra mundial até o final dos anos 1970 e este foi um período de aceleração no surgimento de técnicas para contenção de maciços de solo, desenvolvimentos estes estimulados pela reconstrução de cidades destruídas pela guerra na Europa Ocidental. Basicamente as evoluções mais significativas foram à injeção de calda de cimento em solo, a melhoria dos aços para concreto protendido e o surgimento dos macacos hidráulicos Freyssinet para a proteção de fios e cordoalhas de aço. A